Modelo de Negócio

Modelo de negócio é como se define a dinâmica de como uma empresa se organiza internamente e junto a atores externos para gerar valor a seus clientes e ser reconhecida financeiramente por estes. É tão antigo quanto o primeiro empreendimento de negócio. O Business model canvas de Osterwalder e Pigneur é uma forma de aplicar técnicas de Design Thinking para focalizar no entendimento das necessidades dos clientes (atuais ou futuros) e estruturar os principais elementos que geram valor e são reconhecidos como tal por estes clientes, o que se denomina Proposta de Valor: quais necessidades dos clientes atendemos? Quais dos seus problemas resolvemos com nossos produtos e serviços? Como toda ferramenta de design thinking, seu ciclo de desenvolvimento envolve as etapas de Inspiração, Ideação e Implementação, de forma interativa e incremental, para reduzir os riscos de desenvolvimento de novas configuração de negócio ou de proposta de valor  através de desenvolvimento de conhecimento sistemático sobre as necessidades do cliente e sua incorporação em protótipos cada vez mais aderentes a estas necessidades. É uma abordagem baseada em solução de problemas para endereçar as necessidades dos clientes.

Compreende definir quais os segmentos de clientes desejamos atender, qual a proposta de valor para cada um destes segmentos, como a empresa se relaciona com os mesmos, como os recursos internos e de parceiros e atividades estão organizadas para construir e entregar esta proposta de valor, e a dinâmica de custo e receita que o sustenta. Pressupõe entender as necessidades do cliente antes de propor soluções. Também é um processo de inovação sistematizado que busca otimizar uma solução antes de dar passos maiores como investir em uma nova solução ou processo.

Algumas atitudes que contribuem para a aplicação do Design Thinking:

Empatia: Reconhecer que há múltiplas perspectivas de como ver o mundo (por exemplo, os diferentes usuários de um produto ou serviço e como e para que o utilizam, os funcionários que o executam ou o vendem e como isto é realizado) pode ser uma fonte de inspiração para a inovação, para imaginar necessidades latentes ou necessidades atuais não atendidas.

Otimismo: Acreditar que sempre é possível fazer algo de uma forma melhor do que se faz hoje.  E não temer experimentar novos caminhos na busca desta melhor solução.

Multidisciplinaridade: Trabalhar de forma colaborativa para incorporar as diferentes visões de mundo e competências de pessoas que estão participando do processo, pois em um mundo complexo é muito difícil que um único design thinker seja capaz de construir só uma solução inovadora, e é muito difícil incorporar a visão do outro diretamente, por conta dos diferentes valores, crenças, experiências individuais envolvidas. Esta é uma das razões de porque o processo de inovação é potencializado pelo emprego do canvas e design thinking: visões relevantes de atores externos ao processo decisório e que muitas vezes passam desapercebidas pelos gestores tem a oportunidade de ser incorporadas (funcionários de diferentes funções e hierarquias, clientes, funcionários e outros stakeholders).

Outra aplicação muito importante do modelo de negócio canvas é a de comunicação. Parte do desafio de implantação de uma boa estratégia é a comunicação da mesma através dos atores da empresa, como gestores e funcionários, seus parceiros de negócio e demais envolvidos. O canvas, sendo um modelo simples e visual potencializa a capacidade de comunicar como a empresa está estrtuurada para gerar valor a seus clientes, e ser remunerada por eles.  

Business Model Canvas foi inicialmente proposto por Alexander Osterwalder[2] baseado no seu trabalho anterior sobre Business Model Ontology.

“Um Modelo de Negócios descreve a lógica de criação, entrega e captura de valor por parte de uma organização.”, Osterwalder.

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